O Relatório de Mercado – Focus, divulgado hoje, 31/10 pelo Banco Central do Brasil, mostra que os analistas do mercado financeiro reduziram sua projeção para o PIB – Produto Interno Bruto, que mede o crescimento da economia brasileira, tanto para 2011 quanto para 2012. Da mesma forma baixaram a sua estimativa para o índice oficial de inflação de 2012.
Focus
O Relatório de Mercado – Focus é divulgado semanalmente, as segundas feiras. Nela, constam as projeções dos economistas de 100 instituições financeiras do mercado para Produto Interno Bruto (PIB), dos indicadores de preços como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para a taxa básica de juros (Selic), para a taxa de câmbio, e previsões para setor externo brasileiro.
PIB e cambio
Nesta edição do Focus, os economistas das instituições financeiras estimam redução para o crescimento da economia medido pelo PIB. Na avaliação do mercado o crescimento da economia em 2011 recuou de 3,30% para 3,29%. Para 2012, a projeção do mercado de crescimento do PIB caiu de 3,51% para 3,50%. As reduções na estimativa do PIB começaram a foram iniciadas após a piora do cenário do mercado com a crise financeira internacional, o fato gerador do inicio do ciclo de redução para a evolução do PIB foi da revisão para baixo da nota de rating dos Estados Unidos pela Standard & Poors.
Os analistas do mercado financeiro estimam estabilidade para a taxa de cambio para o fim de 2011. A moeda norte-americana deve encerrar 2011, cotada a R$ 1,75 por dólar. Para 2012, a estimativa do mercado financeiro para a taxa de câmbio permaneceu igualmente em R$ 1,75 por dólar.
Inflação
A estimativa de inflação dos analistas do mercado financeiro para 2011 ficou em 6,50%, ou seja, no limite do teto do sistema de metas de inflação. A projeção para o IPCA de 2012, foi reduzida de 5,60% para 5,59%.
A autoridade monetária informou recentemente através do relatório de inflação do terceiro trimestre de 2011, que projeta que o IPCA encerre o ano em 6,4%, com 45% de possibilidade de ficar acima do teto do sistema de metas que é de 6,50%. Para 2012 a estimativa de inflação é de cerca de 5%.
Para a inflação de curto prazo os analistas do mercado financeiro projetam estabilidade para o índice de inflação. Para outubro a projeção permaneceu em 0,48%, igualmente para novembro o mercado financeiro manteve a estimativa em 0,52%.
Sistema de metas de inflação
Metas de Inflação é uma política econômica onde principal objetivo dos países que adotam é diminuir e manter a inflação em níveis baixos. Para isto eles fazem um anúncio prévio de uma meta numérica para a inflação em prazo predeterminado e se comprometem explicitamente de que o Banco Central irá buscar o cumprimento desta meta fixada. Para alcançar a meta estabelecida, muitas vezes pelo Governo, o Banco Central deve utilizar todos os instrumentos possíveis como à taxa de juros, o crescimento da base monetária ou a taxa de câmbio.
Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. O BC busca trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% em 2012.
Taxa de juros
Com a decisão do COPOM – Comitê de Politica Monetária em reduzir a taxa básica de juros da economia brasileira, na reunião de outubro, em 0,5 ponto percentual para 11,50% ao ano, os analistas das instituições financeiras, continuam acreditando em mais um corte na Selic na última reunião do ano do Comitê do Banco Central. Na avaliação do mercado financeiro a taxa básica de juros deverá encerrar 2011 em 10,50, ou seja, mais um corte de 0,50 ponto percentual.
Balanço de pagamento e IED
Na estimativa dos economistas do mercado financeiro para a balança comercial -exportações menos importações- em 2011 deverá apresentar superávit de US$ 27 bilhões, mesmo número projetado na semana passada.
Para 2012, a autoridade monetária informou através do Focus que a estimativa dos analistas para o saldo da balança comercial recuou de um superávit de US$ 18,90 bilhões para US$ 18,80.
Em relação aos IED – Investimentos Estrangeiros Diretos, a projeção dos economistas do mercado para o ingresso de recursos em 2011 ficou estável em US$ 60 bilhões. Para 2012, a estimativa de ingressode investimentos no Brasil subiu de US$ 51,8 bilhões para US$ 52 bilhões.
No primeiro Relatório Focus, após a reunião do Copom – Comitê de Politica Monetária, os analistas do mercado financeiro reduziram a sua projeção para inflação deste ano, que na semana anterior estava em 6,52%, para 6,50%, dentro do teto do sistema de metas de inflação. Para 2012, a estimativa para o IPCA, recuou de 5,61% para 5,60%.
Além da redução da estimativa para o índice de inflação oficial do Governo, reduziram também a projeção para o crescimento da economia brasileira, tanto em 2011 como 3m 2012.
Sistema de metas de inflação
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Neste momento, a autoridade monetária já está nivelando a taxa de juros para atingir a meta do próximo ano.
Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. O BC busca trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% em 2012.
PIB e câmbio
Os economistas do mercado financeiro baixaram a sua projeção para o crescimento da economia brasileira medida pelo PIB – Produto Interno Bruto de 2011 de 3,42% para 3,30%.
As reduções na estimativa do PIB foram iniciadas após a deterioração do cenário econômico internacional, com a piora da crise financeira, com a revisão para baixo da nota de classificação de risco da dívida dos Estados Unidos pela Standard & Poors. Para 2012, a expectativa do mercado para o crescimento da economia brasileira caiu de 3,60% para 3,51%.
A projeção dos economistas do mercado financeiro para a taxa de câmbio ao final de 2011 ficou estável em R$ 1,75 por dólar. Para 2012, a estimativa do mercado o para a taxa de câmbio também não sofreu alteração, permanecendo em R$ 1,75 por dólar.
Taxa de juros
Com a redução de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros da economia, de 12,00% para 11,50% ao ano na semana passada, o mercado financeiro manteve inalterada a sua estimativa de uma nova redução da Selic na última reunião do Copom no fim de novembro para 11,00% ao ano – nível em que deverá encerrar 2011. Para 2012, a projeção dos analistas do mercado continuou em 10,50% ao ano, projetando uma nova redução dos juros básicos ao longo do próximo ano.
Balanço de pagamentos e IED
Os analistas do mercado financeiro elevaram a sua projeção para o saldo da balança comercial, exportações menos importações, em 2011. Na avaliação do mercado o superávit deve subir de US$ 26,4 bilhões para US$ 27 bilhões.
Para 2012, a autoridade monetária informou, através do Relatório de Mercado – Focus, que a estimativa do mercado financeiro para o saldo da balança comercial subiu de um superávit de US$ 18,45 bilhões para US$ 18,90 bilhões.
Em relação ao IED – Investimentos Estrangeiros Diretos, a expectativa do mercado para o ingresso de capital estrangeiro produtivo em 2011 continuou em US$ 60 bilhões. Para 2012, a estimativa para a entrada de investimentos no Brasil foi elevada de US$ 50 bilhões para US$ 51,8 bilhões.
Ao término do segundo dia, nesta quarta-feira, de reunião do COPOM – Comitê de Política Monetária, que é formado pelas diretorias e presidente do Banco Central do Brasil, foi anunciado que o colegiado informou a decisão de reduzir a taxa de juros básica da economia, de 12,00% para 11,50% ao ano.
Com esta é a segunda redução seguida dos juros, que para surpresa do mercado financeiro foram reduzidos no fim do mês de agosto. A redução dos juros anunciada hoje pelo COPOM, leva a taxa de juros próxima ao de janeiro de 2011, quando a taxa estava em 11,25% ao ano.
Crise internacional
A decisão do afrouxamento da politica monetária por parte do Banco Central foi tomada foi justificada com o argumento do agravamento da crise financeira internacional, que teve inicio no mês de setembro de 2009, mas que ganhou força com o rebaixamento da dívida soberana dos Estados Unidos pela agência de classificação de risco Standard & Poors.
Para a autoridade monetária, a transferência do cenário de crise por que passam as economias da Zona do Euro e Estados Unidos para a economia brasileira pode ocorrer motivado pela queda no volume de comércio e do menor entrada de investimentos direto no país, agregado a este fato estão às restrições ao crédito e da “piora” da percepção de consumidores e empresários. A crise também deve provocar, ainda, redução nos preços dos alimentos colaborando para conter as pressões inflacionárias.
Sinais do BC e previsões do mercado
A autoridade monetária já vinha sinalizando para o mercado que promoveria um novo corte na taxa básica de juros da economia brasileira. Anteriormente já havia comunicado amplamente que “ajustes moderados” nos juros seriam compatíveis com a inflação no centro da meta de 4,5% já em 2012. Desta forma, a decisão já era esperada pelo mercado financeiro, que embutia em suas projeções uma redução de 0,5 ponto percentual ao término da reunião do Copom, para 11,50% ao ano.
Nas últimas semanas divulgação de indicadores econômicos divulgados, bem como as indicações da autoridade monetária, ratificaram o cenário de desaceleração da economia nacional. A prévia do PIB, divulgada pelo Banco Central, apresentou redução de 0,53% em agosto, assim como a desaceleração da produção industrial, e as vendas do varejo no mesmo período, também sugeriram desaceleração da economia. Dados dos empregos formais, assim como a arrecadação, também sinalizam o redução do nível de atividade.
Explicação da decisão
Ao término da reunião do Copom desta quarta-feira, 19/10, foi divulgado o seguinte comunicado: “Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 11,50% a.a., sem viés. O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012″.
Um termo muito conhecido e usado no mercado financeiro. Usado em momentos de incerteza, indecisão, medo, euforia, expectativas positivas ou não, um termo que corresponde às oscilações de taxas, índices e até mesmo ao preço dos ativos no mercado financeiro.
Mas afinal, o que é esta tal volatilidade? Bom, falando em “economeis”, língua praticada pelos profissionais da área financeira, volatilidade é uma medida de dispersão dos retornos de um título ou índice de mercado.
Vamos entender melhor o que é: O mundo vive um momento de extrema volatilidade nos mercados financeiros, o risco eminente de um calote da Grécia não faz a menor diferença para o mundo, mas então, por que tanto medo? Simples, os principais bancos do mundo são credores desta tal economia prestes a falir, logo, se ocorre um calote as principais instituições financeiras vão perder seus recursos financeiros aplicados neste país.
Voltando a volatilidade, note que no texto supracitado sito a palavra MEDO, diretamente relacionada a volatilidade, o tal medo gera a especulação, fruto de ganhos e prejuízos no mercado financeiro e também o principal objeto que gera a liquidez dos ativos. Bom, o medo é um dos fatores preponderantes no aumento das taxas de juros de qualquer ativo ligado à dívida. Logo, quanto maior a probabilidade de inadimplência maior será o juros cobrado nos empréstimos das pessoas, instituições ou países que tomam estes recursos. O inverso também é verdadeiro, quanto menor a probabilidade de calote, menor será o juros cobrado as pessoas, instituições ou países. Conseguem relacionar por que o Brasil possui uma das taxas de juros mais altas do mundo?
Bom, entendendo isso, precisamos saber também que o medo de inadimplência (quando falamos de juros) fica oscilando o tempo todo. Um mega analista fala “muito risco” o outro concorda, os juros sobem. Logo, um outro mega analista afirma “não, os juros estão altos de mais para o risco baixo de calote, vamos baixar” e assim o mercado vai se movendo, juros altos, juros baixos. Esta oscilação de juros altos e juros baixos é chamada de volatilidade.
Agora você me questiona, “um texto deste tamanho para entender que volatilidade nada mais é do que a alta e a queda nos juros ou em índices ou mesmo no preço dos papéis negociados?” Sim, mas isto é fundamental para os analistas do mercado financeiro. Através volatilidade estima-se inúmeros fatores e avaliações de riscos.
É uma variável que mostra a intensidade e a freqüência das oscilações nas cotações de um ativo financeiro, logo, quanto maior o índice de volatilidade, medido, em seu método mais simples pelo histórico de um desvio padrão, maior o risco da operação no ativo analisado. Então, começamos a observar a importância dos profissionais da área financeira, que ficam horas e horas calculando medidas para mensurar e diminuir os riscos nas operações as quais os investidores pretendem obter lucros.
Autor: Tiago Luz Boeira