RETROSPECTIVA
Em uma semana marcada por fortes emoções, alta dos juros e perdas do Ibovespa, o principal índice da bolsa fechou o último dia em leve queda, acompanhando os mercados globais. A aversão a riscos e os balanços do primeiro trimestre ditaram as regras do dia e o Ibovespa fechou a sexta-feira em queda de 0,16%, aos 105.135 pontos. Na semana, as perdas foram de 2,54%. Assim, no ano, o índice apresenta uma alta tímida, de 0,3%.
O dólar engatou a terceira semana de ganhos, mais longa série do tipo desde outubro do ano passado. O real teve nesta semana o pior desempenho entre alguns de seus principais pares emergentes. E especuladores que operam na Bolsa de Chicago realizaram nos sete dias findos em 3 de maio a maior venda líquida de contratos de real desde meados de março, demonstrando menor otimismo com a moeda brasileira.
A moeda norte-americana era negociada a R$ 5,0733 para venda – maior valor desde 16 de março, quando valia R$ 5,0917.
Com o resultado, passou a acumular alta de 2,69% na semana e no mês.
A Selic passou de 11,75% para 12,75% ao ano, e o Brasil voltou à liderança do ranking de maiores juros reais dentre as maiores economias do mundo, com a taxa básica do país.
O Federal Reserve, o banco central americano, anunciou na quarta-feira a elevação da taxa de juros em 0,50 pontos percentuais e o início da redução do seu balanço patrimonial. A declaração do presidente do Fed, Jerome Powell, de que uma alta de 0,75 p.p não está sendo estudada empolgou os mercados na quarta-feira, mas a reação nos dias subsequentes mostra que os investidores ainda enxergam um cenário de dificuldades.
Vale lembrar que o Brasil registrou 19.725 novos casos de Covid-19 na última sexta-feira, o que leva o total de infectados pela doença no país a 30.543.908, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, números voltam a assustar com uma possível volta das restrições.
RELATÓRIO FOCUS:
O Banco Central (BC) anunciou, na última quarta-feira (4), que vai voltar a suspender a divulgação de análises e indicadores econômicos devido à greve dos servidores da entidade.
Segundo o BC, as novas datas para as divulgações serão informadas à imprensa com 24 horas de antecedência. Durante a primeira paralisação, os indicadores que incluem o boletim Focus, o Relatório de Poupança e o IBC-Br foram afetados e tiveram que ter as divulgações adiadas.
PERSPECTIVA
Os mercados de capitais foram abalados na semana passada, depois que o Federal Reserve entregou a alta dos juros de meio ponto percentual amplamente antecipada e sinalizou movimentações semelhantes nas próximas reuniões enquanto combate à inflação em escalada, e pode haver mais volatilidade em estoque se os dados de inflação de quarta-feira forem mais altos do que o esperado
Após uma semana de alta na taxa de juros básica da economia brasileira, a Selic, em 1 p. p. conforme esperado pelo mercado, com objetivo de frear a inflação, os brasileiros voltam o foco nos próximos dias para os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referente ao mês de abril, que será divulgado na quarta (11). O IPCA de março atingiu 11,30% em 12 meses, enquanto a projeção para abril é de 12,04%.
Com a retomada da greve dos servidores do BC, não está prevista publicação do Boletim nesta segunda, e não se sabe se a ata do Copom, prevista para terça-feira, pode atrasar.
Os dados do IPC para abril, agendados para saírem na quarta-feira, irão mostrar se a maior escalada da inflação em mais de 40 anos atingiu o seu pico. A taxa anual de inflação atingiu 8,5% em março, enquanto os preços da gasolina atingem valores recordes.
A China vai publicar dados sobre o comércio e a inflação na segunda-feira, revelando o impacto dos lockdowns contra a Covid-19 na segunda maior economia do mundo.
A União Europeia está prestes a chegar a acordo sobre uma nova rodada de sanções contra Moscou pela invasão da Ucrânia, incluindo um embargo gradual ao petróleo russo, que constitui mais de um quarto das importações da UE.
Sobre a nossa ótica, mantivemos a não recomendação de fundos de longuíssimo prazo (IMA-B 5+ E IDKA 20A), 5% em fundos de longo prazo (IMA-B TOTAL E FIDC/ CRÉDITO PRIVADO/ DEBÊNTURE) e 30% em fundos Gestão Duration.
Diante da expectativa de alta na taxa de juros fundos atrelados ao CDI tendem a ter bom desempenho, indicamos uma maior porcentagem de exposição em fundos de curto prazo (CDI), que agora passa a ser 15%, enquanto os fundos de médio prazo, passam a representar 10% de acordo com a nossa alocação tática.
Em relação aos fundos pré-fixados, não recomendamos a estratégia, pois diante da expectativa de alta na taxa de juros o desempenho destes fundos tende a ser afetado. Mantemos a sugestão para que os recursos necessários para fazer frente às despesas correntes sejam resgatados dos investimentos menos voláteis (IRF-M1, IDkA IPCA 2A).
Já para os títulos públicos, seguindo nossa ótica e diante das seguidas elevações na taxa de juros demonstram ser uma boa oportunidade. Recomendamos que a exposição seja feita primeiramente utilizando a marcação à mercado, e posteriormente quando atingindo o valor esperado, seja feita a transferência para marcação na curva.
Uma alternativa que vem se mostrando forte nos últimos tempos, e que possui boa expectativa, é a diversificação em fundos de investimento no exterior, recomendamos primeiramente a exposição em fundos com hedge com 5% para posteriormente realizar uma entrada gradativa em fundos que não utilizam hedge cambial também com 5%.
Quanto a fundos de ações atrelados a economia doméstica recomendamos a entrada gradativa de modo que o investidor fique atento a oportunidades da bolsa de valores, construindo um preço médio mais atrativo.
Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.
Estratégia de Alocação dos Recursos no Longo Prazo – Renda Fixa e Variável
Renda Fixa 60%
Longuíssimo Prazo (IMA-B 5+ e IDKA 20A) 0%
Longo Prazo (IMA-B Total e FIDC/ Crédito Privado/ Fundo Debênture) 5%
Gestão do Duration 30%
Médio Prazo (IRF-M Total, IMA-B 5 e IDKA 2) 10%
Curto Prazo (CDI, IRF-M 1 e CDB) 15%
Renda Variável 30%
Fundos de Ações 20%
Multimercados 5%
Fundos de Participações * 2,5%
Fundos Imobiliários * 2,5%
Investimento no Exterior
Fundos de Investimentos no Exterior (Hedge)
Fundos de Investimentos no Exterior 10%
5%
5%
* Aos clientes que investem em Fundos de Participações e Fundos Imobiliários em percentual superior a 2,5% em cada, reduzir a exposição aos Fundos de Ações na proporção desse excesso.
RETROSPECTIVA
Tivemos uma semana que apresentou resultados negativos tanto para a bolsa de valores, quanto para o câmbio.
O Ibovespa encerrou a semana com queda de -2,9% aos 108 mil pontos. Em abril, o índice acumulou queda de -10,1%, sendo o primeiro mês do ano negativo. Além disso, os mercados globais também enfrentaram resultados negativos, sendo que a Nasdaq teve o pior mês desde outubro de 2008 e o S&P 500 teve o pior mês desde março de 2020.
Já o real se desvalorizou e o dólar encerrou a semana com alta de 3,1%, com cotação de R$4,98/US$.
Na semana também teve a divulgação do IPCA-15 para o mês de abril, o qual apresentou alta de 1,73%, sendo o maior valor desde 1995, entretanto, está abaixo das expectativas.
A Câmara aprovou a medida que torna o “Auxílio Brasil” no valor de R$ 400,00 permanente.
O PIB dos EUA recuou -1,4% no primeiro trimestre de 2022, estando abaixo do consenso, que esperava crescimento de 1,1%.
O índice de preços de gastos com consumo norte americano (medida de inflação do Fed) apresentou alta de 5,2%, estando em linha com o esperado.
A política de zero-Covid da China prejudica as perspectivas de recuperação econômica global e intensifica os problemas nas cadeias produtivas globais. O rumor de um possível novo lockdown se intensificou com a expansão dos testes em massa em Pequim. Por outro lado, o governo chinês reafirmou que implementará políticas para estimular a economia.
O porto de Xangai não está descarregando mercadorias dos inúmeros navios que aguardam a liberação para o descarregamento, inclusive de alimentos. Como resultado, pressionará o aumento da inflação mundial.
O preço do barril de petróleo e no minério de ferro tiveram uma leve queda, ocasionado pela possível desaceleração econômica chinesa.
A Rússia anunciou corte de fornecimento de gás à Polônia e à Bulgária. Além disso, o governo russo fez ameaças de conflito nuclear à Ucrânia.
RELATÓRIO FOCUS 29/04/2022
Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a projeção aumentou de 7,65% para 7,89% em 2022. Para 2023, a previsão para o IPCA subiu de 4,00% para 4,10%. Para 2024, as estimativas se mantiveram em 3,20%. Para 2025, as projeções ficaram em 3,00%.
A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) se aumentou de 0,65% para 0,70% em 2022. Para 2023, a estimativa se manteve em 1,00%. Para 2024 a projeção se manteve em 2,00%, e para 2025, a projeção também se manteve em 2,00%.
Para a taxa de câmbio em 2022, o valor se manteve em R$5,00. Para 2023, a projeção aumentou de R$ 5,00 para R$5,04. Para o ano de 2024, a projeção caiu de R$ 5,05 para R$ 5,00, e para 2025 a projeção diminuiu de R$5,10 para R$5,02.
Para a taxa Selic em 2022, a projeção se manteve em 13,25%. No ano seguinte, a projeção subiu de 9,00% para 9,25%. Em 2024 a projeção permaneceu em 7,50% e para 2025, as projeções se mantiveram em 7,00%.
EXPECTATIVAS
No Brasil, o destaque será o Copom, que irá definir a taxa básica de juro, o qual possui expectativas de alta de 1%, elevando a Selic para 12,75% a.a. Além disso, serão divulgados o IBC-Br de fevereiro e a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) referente a março, estatísticas fiscais de fevereiro e o IGP-DI de abril.
Já nos EUA, teremos a definição da taxa de juros americana pelo FOMC, Comitê de Política Monetária do Fed. O mercado espera uma elevação de 0,5 p.p. Além disso, será divulgado os dados de emprego de abril.
Teremos a divulgação da inflação ao produtor e a taxa de desemprego na Europa para março e a divulgação dos índices de gerentes de compras de países desenvolvidos.
Quanto a nossa recomendação, permanece a sugestão de cautela ao assumir posições mais arriscadas no curto prazo, a volatilidade nos mercados deve se manter ainda sem desenhar um horizonte claro, em razão principalmente pelo nosso cenário político.
Sobre a nossa ótica, mantivemos a não recomendação de fundos de longuíssimo prazo (IMA-B 5+ E IDKA 20A), 5% em fundos de longo prazo (IMA-B TOTAL E FIDC/ CRÉDITO PRIVADO/ DEBÊNTURE) e 30% em fundos Gestão Duration.
Diante da expectativa de alta na taxa de juros fundos atrelados ao CDI tendem a ter bom desempenho, indicamos uma exposição de 15% em fundos de curto prazo (CDI), enquanto os fundos de médio prazo representam 10% de acordo com a nossa alocação tática.
Em relação aos fundos pré-fixados, não recomendamos a estratégia, pois diante da expectativa de alta na taxa de juros o desempenho destes fundos tende a ser afetado. Mantemos a sugestão para que os recursos necessários para fazer frente às despesas correntes sejam resgatados dos investimentos menos voláteis (IRF-M1, IDkA IPCA 2A).
Já para os títulos públicos, seguindo nossa ótica e diante das seguidas elevações na taxa de juros demonstram ser uma boa oportunidade. Recomendamos que a exposição seja feita primeiramente utilizando a marcação à mercado, e posteriormente quando atingindo o valor esperado, seja feita a transferência para marcação na curva.
Uma alternativa que vem se mostrando forte nos últimos tempos, e que possui boa expectativa, é a diversificação em fundos de investimento no exterior, recomendamos primeiramente a exposição em fundos com hedge com 5% para posteriormente realizar uma entrada gradativa em fundos que não utilizam hedge cambial também com 5%.
Quanto a fundos de ações atrelados a economia doméstica recomendamos a entrada gradativa de modo que o investidor fique atento a oportunidades da bolsa de valores, construindo um preço médio mais atrativo.
Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.
Retrospectiva.
Na semana terminada no dia 22/04, mais curta por conta do feriado de Tiradentes (21), o índice Ibovespa encerrou a sexta-feira (22) com queda de 2,86%, o que representou uma pontuação de 111.077,51 pontos, no acumulado semanal a queda foi de 4,39%. Essa e a maior queda em um dia desde 26 novembro de 2021, quando o índice contemplou uma queda de 3,39%.
O dólar, na esteira de momentos de maiores incertezas, se firmou como um ativo seguro para cenários como os atuais e, teve aumento de sua demanda interna fechando a sexta-feira com uma alta de 4,07%, sendo contado em R$ 4,80. Esse aumento representou a maior alta percentual desde 16 de março de 2020 em um único dia, momento em que se iniciou a pandemia da covid 19.
Na respectiva semana, a moeda americana teve uma valorização 2,34% e em 2022, registrou até a semana passada uma desvalorização de 13,76%.
O seguinte cenário atual confirma o momento com maiores incertezas, tanto interna quanto externamente, além da percepção de uma inflação ainda com viés de alta, o que por sua vez faz o mercado ficar mais cauteloso e buscar ativos que represente maior segurança para os investidores, como o dolar e os títulos americanos em detrimento da renda variável e do real.
Tal incerteza se dá por conta dos novos conflitos entre o presidente da república e o poder judiciário envolvendo o “caso Daniel Silveira”, quando o presidente concedeu a graça ao respectivo Deputado Federal em oposição a decisão condenatória do Supremo Tribunal Federal (STF).
No ambiente internacional, o FED (Federal Reserve Bank), a ponta cada vez mais para um aperto monetário com o objetivo de minimizar elevação da inflação que acomete toda a economia mundial resultante dos estímulos contra a pandemia e a quebra de produção com dimensões globais que se perpetua até o atual momento na maior parte das economias.
A boa notícia, ou que ao menos ameniza as condições desfavoráveis vem do continente asiático onde, na semana passada foi divulgado o resultado trimestral do PIB Chinês. A China avançou 4,8% no último trimestre encerrado em março contra o trimestre imediatamente anterior, a estimativa para o trimestre era de um crescimento de 4,6% para alguns analistas consultados pelo The Wall Street Journal, percentual que também supera o mesmo período do ano anterior, onde houve um crescimento registrado na casa dos 4%.
No continente europeu o final da semana foi marcado pela reeleição do presidente frances Emmanuel Macron, sendo o primeiro presidente do país a conseguir o feito.
A França é atualmente a sétima maior economia do mundo, atrás da Alemanha e possui forte influência nas decisões que podem impactar tanto na zona do euro como nas demais economias do mundo, como por exemplo, nos assuntos pertinentes aos conflitos entre Rússia e Ucrânia.
Boletim Focus.
A greve de alguns colaboradores do Banco Central que afetou a divulgação do Boletim Focus nas últimas semanas, entre outras informações, foi suspensa (temporariamente) até a presente data.
A categoria aguarda do governo uma proposta contemplando reajuste linear para todas as categorias federais de 5% e outros dois pontos não salariais para que, em caso de acordo entre as partes, a greve seja definitivamente suspensa.
Na terça-feira (26), às 8h30, a entidade pretende divulgar ao mercado o Boletim Focus da respectiva semana.
Perspectivas.
Não obstante o bom desempenho acima para das estimativas para PIB chinês, os próximos meses devem encontrar algumas dificuldades adicionais para o desenvolvimento da economia chinesa, como por exemplo, a expansão das restrições de mobilidade devido ao aumento de casos no país.
O presidente Xi aspira permanecer à frente do país por mais cinco anos o que pode ser um propulsor adicional para manter ou elevar os estímulos na economia asiática, resultando em um aumento para a sua popularidade.
Na França a perspectiva, mediante a pauta do reeleito presidente Macron é de pleno emprego para os franceses nos próximos anos após o combate a pandemia da covid-19, além da redução de impostos. Em sua campanha Macron prometeu uma redução de quase US$ 11 bilhões, como também de recompensar os professores do país por seus méritos.
Outra de uma de suas principais medidas é impulsionar a energia nuclear, com o objetivo energético e desenvolver concomitantemente fontes renováveis.
A semana terá em seu calendário a divulgação dos dados referente a produção do setor de construção na zona do euro e do pronunciamento de Fábio Panetta (membro do Comitê Executivo do Banco Central Europeu) que normalmente tem sua fala dirigida a direção da política monetária europeia para os próximos meses (25).
Na Terça (26), serão divulgados a dívida líquida do setor público europeu; o índice de preços dos imóveis, a confiança do consumidor, venda de casas novas ambos dados referente aos Estados Unidos.
Na quinta (28), será divulgado o Relatório do Mensal do BCE, expectativa de inflação ao consumidor europeu.
No fechamento da semana, sexta (29), serão transmitidos ao mercado informações relacionadas a taxa de desemprego no Brasil e a dívida bruta do Brasil com dados de fechamento em fevereiro.
Quanto a nossa recomendação, permanece a sugestão de cautela ao assumir posições mais arriscadas no curto prazo, a volatilidade nos mercados deve se manter ainda sem desenhar um horizonte claro, em razão principalmente pelo nosso cenário político.
Sobre a nossa ótica, mantivemos a não recomendação de fundos de longuíssimo prazo (IMA-B 5+ E IDKA 20A), 5% em fundos de longo prazo (IMA-B TOTAL E FIDC/ CRÉDITO PRIVADO/ DEBÊNTURE) e 30% em fundos Gestão Duration.
Diante da expectativa de alta na taxa de juros fundos atrelados ao CDI tendem a ter bom desempenho, indicamos uma exposição de 15% em fundos de curto prazo (CDI), enquanto os fundos de médio prazo representam 10% de acordo com a nossa alocação tática.
Em relação aos fundos pré-fixados, não recomendamos a estratégia, pois diante da expectativa de alta na taxa de juros o desempenho destes fundos tende a ser afetado. Mantemos a sugestão para que os recursos necessários para fazer frente às despesas correntes sejam resgatados dos investimentos menos voláteis (IRF-M1, IDkA IPCA 2A).
Já para os títulos públicos, seguindo nossa ótica e diante das seguidas elevações na taxa de juros demonstram ser uma boa oportunidade. Recomendamos que a exposição seja feita primeiramente utilizando a marcação à mercado, e posteriormente quando atingindo o valor esperado, seja feita a transferência para marcação na curva.
Uma alternativa que vem se mostrando forte nos últimos tempos, e que possui boa expectativa, é a diversificação em fundos de investimento no exterior, recomendamos primeiramente a exposição em fundos com hedge com 5% para posteriormente realizar uma entrada gradativa em fundos que não utilizam hedge cambial também com 5%.
Quanto a fundos de ações atrelados a economia doméstica recomendamos a entrada gradativa de modo que o investidor fique atento a oportunidades da bolsa de valores, construindo um preço médio mais atrativo.
Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.
Retrospectiva
Na semana mais curta por conta da Sexta-Feira Santa, o dólar a encerrou com queda de -1,66% em relação ao real, sendo cotado a R$4,69. A moeda já acumula baixa de -1,31% na parcial do mês de abril, já no ano, apresenta queda de 15,75% frente ao real.
O Ibovespa apresentou resultados negativos e encerrou a semana com queda de -0,50% e 116 mil pontos.
Após os resultados da inflação de março serem divulgados, o presidente do Banco Central informou que está reavaliando a possibilidade de nova alta para a taxa Selic.
Os dados de serviços do mês de fevereiro divulgados, apresentaram queda de -0,20%, porém as expectativas do mercado eram de que houvesse alta de 0,70%. Já as vendas do comércio varejista apresentaram resultado positivo e acima do esperado, com alta de 2%.
Os servidores públicos do poder executivo terão reajuste de 5% nos salários a partir de julho, o que impactará o teto de gastos para esse ano.
A guerra entre a Rússia e Ucrânia provocaram alta das commodities energéticas. Além disso, a Suécia e a Finlândia continuam a sinalizar a intenção de adesão à OTAN.
A inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, apresentou alta de 1,2% em março e alta de 8,5% no acumulado de 12 meses, ocasionado principalmente pelos aumentos nos preços dos alimentos e dos combustíveis. Como resultado, o mercado projeta que o banco central americano eleve a taxa básica de juros em 0,50% no mês de maio.
O Banco Central Europeu, manteve a taxa básica de juros em 0% ao ano. Entretanto, na Zona Euro, a inflação bateu recorde e alcançou 7,5% em 12 meses.
Na China, a população protestou contra a medida de lockdown, após o aumento nos casos de Covid-19 baterem sucessivos recordes diários desde o início da pandemia.
Relatório Focus
O Banco Central adiou novamente nesta segunda-feira a divulgação do boletim Focus e outros indicadores econômicos. Os servidores da autoridade monetária iniciaram uma greve na sexta-feira (1), onde cobram um reajuste salarial de 26,3% e restruturações de carreiras. Entre a sexta-feira passada e esta segunda-feira, a adesão à greve é de quase 80%, segundo o sindicato responsável pela categoria. Mediante esse cenário, os dados não serão divulgados entre esta segunda feira, segundo notificou a autarquia federal.
Expectativas
No Brasil, serão divulgados os dados do IGP-10 e IBC-Br.
Na Zona do Euro, serão divulgadas a inflação ao produtor e ao consumidor referentes ao mês de março. Além disso, também será divulgado os dados da produção industrial.
Os EUA, irá divulgar os dados de estoque de petróleo bruto, o qual mede a mudança semanal no número de barris de petróleo bruto mantidos por empresas do país.
A presidente do Banco Central Europeu, a qual é responsável por definir as taxas de juros de curto prazo, fará um pronunciamento na quinta feira.
Sendo assim, permanece a recomendação de cautela ao assumir posições mais arriscadas no curto prazo, a volatilidade nos mercados deve se manter ainda sem desenhar um horizonte claro, em razão principalmente pelo nosso cenário político.
Sobre a nossa ótica, mantivemos a não recomendação de fundos de longuíssimo prazo (IMA-B 5+ E IDKA 20A), 5% em fundos de longo prazo (IMA-B TOTAL E FIDC/ CRÉDITO PRIVADO/ DEBÊNTURE) e 30% em fundos Gestão Duration.
Diante da expectativa de alta na taxa de juros fundos atrelados ao CDI tendem a ter bom desempenho, indicamos uma exposição de 15% em fundos de curto prazo (CDI), enquanto os fundos de médio prazo representam 10% de acordo com a nossa alocação tática.
Em relação aos fundos pré-fixados, não recomendamos a estratégia, pois diante da expectativa de alta na taxa de juros o desempenho destes fundos tende a ser afetado. Mantemos a sugestão para que os recursos necessários para fazer frente às despesas correntes sejam resgatados dos investimentos menos voláteis (IRF-M1, IDkA IPCA 2A).
Já para os títulos públicos, seguindo nossa ótica e diante das seguidas elevações na taxa de juros demonstram ser uma boa oportunidade. Recomendamos que a exposição seja feita primeiramente utilizando a marcação à mercado, e posteriormente quando atingindo o valor esperado, seja feita a transferência para marcação na curva.
Uma alternativa que vem se mostrando forte nos últimos tempos, e que possui boa expectativa, é a diversificação em fundos de investimento no exterior, recomendamos primeiramente a exposição em fundos com hedge com 5% para posteriormente realizar uma entrada gradativa em fundos que não utilizam hedge cambial também com 5%.
Quanto a fundos de ações atrelados a economia doméstica recomendamos a entrada gradativa de modo que o investidor fique atento a oportunidades da bolsa de valores, construindo um preço médio mais atrativo.
Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.
Estratégia de Alocação dos Recursos no Longo Prazo – Renda Fixa e Variável
Renda Fixa 60%
Longuíssimo Prazo (IMA-B 5+ e IDKA 20A) 0%
Longo Prazo (IMA-B Total e FIDC/ Crédito Privado/ Fundo Debênture) 5%
Gestão do Duration 30%
Médio Prazo (IRF-M Total, IMA-B 5 e IDKA 2) 10%
Curto Prazo (CDI, IRF-M 1 e CDB) 15%
Renda Variável 30%
Fundos de Ações 20%
Multimercados 5%
Fundos de Participações * 2,5%
Fundos Imobiliários * 2,5%
Investimento no Exterior
Fundos de Investimentos no Exterior (Hedge)
Fundos de Investimentos no Exterior 10% 5% 5%
* Aos clientes que investem em Fundos de Participações e Fundos Imobiliários em percentual superior a 2,5% em cada, reduzir a exposição aos Fundos de Ações na proporção desse excesso.