Nossa Visão 09/12/2024

RETROSPECTIVAS

Divulgado pelo IBGE, o PIB brasileiro cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em comparação com o segundo trimestre do ano. A leitura foi acima das expectativas do mercado. Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, a expansão foi de 4%.


A análise da decomposição do indicador sugere que o resultado é fruto de um mercado de trabalho que segue aquecido, mas sem ganhos expressivos de produtividade, o que por sua vez pressiona o hiato do produto (crescimento realizado versus crescimento potencial), que por sua vez, pressiona a inflação.


O índice de confiança dos gerentes de compras, medido pelo PMI referente ao mês de novembro para os Estados Unidos tiveram alta em comparação ao mês anterior. O PMI de serviços atingiu 56,1 pontos, pouco abaixo da leitura inicial de 57 pontos. Contudo, o número refletiu uma expectativa de melhora do setor, frente a aumento de pedidos e pela melhora de condições trazido pelo ciclo de corte de juros.


O PMI industrial fechou em 49,7 pontos, ainda em patamar contracionista, porém em melhor posição em relação ao mês anterior. O PMI composto, fechou em 54,9 pontos, no patamar mais alto dos últimos 31 meses.


O Nonfarm Payroll, que informa o número de vagas criadas, registrou 227 mil vagas criadas em novembro, em revisão para cima. A taxa de desemprego subiu para 4,2%, porém nada alarmante.


Na Europa, o PIB do terceiro trimestre subiu 0,4% em relação ao trimestre anterior e 0,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, em linha com as expectativas do mercado.


A inflação ao produtor de outubro, medida pelo PPI, registrou 0,4% de alta em comparação com o mês anterior. Na variação em 12 meses, a leitura é negativa em -3,2%, o que corrobora também, para mais cortes de juros por parte do Banco Central Europeu.






PERSPECTIVAS

Na agenda da semana, contaremos com bateria de divulgações da inflação ao consumidor na China (domingo), Estados Unidos (quarta feira), e no Brasil (terça feira).


Ainda no Brasil, teremos reunião de política monetária (COPOM) na quarta-feira, em que o mercado espera mais uma alta da Selic. Na contramão, mais um corte de juros é esperado na reunião do Banco Central Europeu que ocorrerá na quinta feira.


Com a recente abertura da curva de juros e com as incertezas marcando o cenário externo, recomendamos reduzir a duration da carteira. Tudo isso provocou uma grande volatilidade nos IMAs, principalmente na ponta mais longa. Por isso, recomendamos reduzir gradualmente a exposição em Fundos IMA-B 5+, que tem em sua carteira NTN-Bs com prazos acima de 5 anos e podem sofrer mais com essa recente volatilidade. Ainda no Longo Prazo, recomendamos manter em 10% em fundos deste segmento, de preferência diversificar entre IMA-B e IMA-Geral.


Adicionalmente, mantivemos nossa recomendação para 10% dos investimentos em fundos de Gestão Duration, aproveitando a estratégia de gestão ativa oferecida por esse segmento. Com o ciclo atual da Selic, fundos de renda fixa passivos voltam a apresentar possibilidade de rentabilidade superior a meta de rentabilidade do RPPS, contudo, a estratégia de gestão ativa ainda se apresenta como alternativa atrativa para o RPPS.


Para um horizonte de médio prazo, mantivemos nossa recomendação para 10% dos investimentos para fundos deste segmento. É importante diversificar dentro do índice, tendo uma exposição índices pós-fixados, como o IDKA IPCA 2A e o IMA-B 5, atrelados a inflação. Além disso, neste cenário de elevação na taxa de juros, é aconselhável cautela no IRF-M e no IRF-M 1+, os índices pré-fixados, devido à volatilidade desses indicadores.


Quanto à exposição de curto prazo, sugerimos aumentar a exposição neste segmento, principalmente fundos CDI. Com as recentes alterações no cenário econômio, recomentamos uma exposição de 15% neste segmento. A Selic terminal para 2024 que era de 10%, passa a ser de até 12%, mantendo uma taxa de investimentos atrativa para o RPPS.


Para diversificar a carteira, é aconselhável adquirir também títulos privados, principalmente as letras financeiras, até atingir uma alocação de 15%. As letras financeiras oferecem taxas que superam, em sua maioria, as metas atuariais dos RPPS e com prazos de até 10 anos, oferecem alternativas atrativas para diversificação de carteira.


Após muitas mudanças nas expectativas de quando o ciclo de corte de juros poderia ocorrer, o FED iniciou a sua redução em setembro, porém não deixou claro qual taxa de juros terminal deve ser alcançada. Além disso, a nova resolução de fundos de investimentos, CVM 175, trouxe novas regras para fundos no exterior que ainda não foram adaptadas pela Resolução 4.963/21. Por isso, recomendamos cautela para fundos de investimento no exterior, tanto em Renda Fixa como fundos de ações ou multimercado exterior.


Quanto aos fundos de ações relacionados à economia doméstica, mantemos nossa recomendação de 20% de exposição. Por mais que a bolsa de valores tenha mostrado certa volatilidade neste ano de 2024, a expectativa ainda é de alta para os próximos meses, na medida que as principais economias do mundo deem sequência na queda de juros, podendo aumentar a demanda por ativos de risco. Sugere-se a entrada no mercado de forma gradual, aproveitando oportunidades na bolsa de valores para construir um preço médio mais favorável.



Em relação aos Fundos Multimercado e Fundos de Investimento Imobiliários (FII), recomendamos manter a exposição em 5%.

Diversificar a carteira de investimentos com essas opções pode ser uma abordagem equilibrada para os RPPS, permitindo obter retornos e ter proteção contra cenários adversos, sempre alinhados com as metas de rentabilidade estabelecidas. Para investidores que enxergam oportunidades de adquirir ativos a preços mais baixos, é importante estar respaldado para a tomada de decisão.












Nossa Visão 02/12/2024

RETROSPECTIVAS

A prévia da inflação do Brasil mensurada pelo IPCA-15 de novembro mostrou aceleração dos preços, acima das projeções do mercado ao atingir 0,62% na comparação com o IPCA-15 do mês anterior. Na janela anual, o número atinge 4,8%. Os grupos que pressionaram o indicador para cima foram alimentos (1,65%) e transportes, com o item de passagem aérea que subiu mais de 20% no mês.


Ao longo da semana, a apresentação oficial do pacote de gastos por parte do ministro Fernando Haddad frustrou as expectativas de especialistas do mercado. As medidas apresentadas pelo ministro miram trazer algo em torno de 70 bilhões de reais para os cofres públicos, através de reforma estrutural da aposentadoria de militares, limitações referentes a emendas parlamentares, correções para “supersalários” entre outras. Contudo, os cálculos de analistas do mercado apontam que as medidas propostas foram pouco claras e que os efeitos práticos para os cofres públicos não devem ultrapassar os 55 bilhões de reais.


O principal indicador de inflação nos Estados Unidos, o PCE de outubro, veio em 0,2% em comparação com o mês anterior, de acordo com as projeções. O núcleo, que excluir os itens mais voláteis do cesto, ficou em 0,3% e em 2,8% na janela anual, ainda acima da meta de 2%.


A ata da última reunião do FOMC, comitê de política monetária do FED, mostrou um tom de confiança que os membros do FED possuem de que a inflação está gradualmente convergindo para a meta de 2% conforme a atividade se acomoda, e o mercado de trabalho esfria lentamente. Apesar de a ata não ter vindo com nenhum guidance, esperamos que mais um corte de juros em dezembro, ocorra.


A inflação ao consumidor medida pelo CPI, na Europa, apontou uma configuração benigna na leitura do mês de novembro em -0,3% no mês. Na variação anual, a leitura foi de 2,3%.






PERSPECTIVAS

No Brasil, a semana contará com a leitura do principal indicador de atividade econômica, o PIB referente ao terceiro trimestre de 2024, na terça feira.


Nos Estados Unidos, teremos a divulgação do PMI, e de dados relacionados ao mercado de trabalho, como o Nonfarm Payroll e a taxa de desemprego, na sexta feira.


Na Europa, assim como no Brasil, teremos a divulgação do PIB referente ao terceiro trimestre do ano, em que o mercado não possui grandes expectativas por conta da baixa atividade econômica e pelos aspectos geopolíticos que também trazem impactos para todo o continente.


Com a recente abertura da curva de juros e com as incertezas marcando o cenário externo, recomendamos reduzir a duration da carteira. Tudo isso provocou uma grande volatilidade nos IMAs, principalmente na ponta mais longa. Por isso, recomendamos reduzir gradualmente a exposição em Fundos IMA-B 5+, que tem em sua carteira NTN-Bs com prazos acima de 5 anos e podem sofrer mais com essa recente volatilidade. Ainda no Longo Prazo, recomendamos manter em 10% em fundos deste segmento, de preferência diversificar entre IMA-B e IMA-Geral.


Adicionalmente, mantivemos nossa recomendação para 10% dos investimentos em fundos de Gestão Duration, aproveitando a estratégia de gestão ativa oferecida por esse segmento. Com o ciclo atual da Selic, fundos de renda fixa passivos voltam a apresentar possibilidade de rentabilidade superior a meta de rentabilidade do RPPS, contudo, a estratégia de gestão ativa ainda se apresenta como alternativa atrativa para o RPPS.


Para um horizonte de médio prazo, mantivemos nossa recomendação para 10% dos investimentos para fundos deste segmento. É importante diversificar dentro do índice, tendo uma exposição índices pós-fixados, como o IDKA IPCA 2A e o IMA-B 5, atrelados a inflação. Além disso, neste cenário de elevação na taxa de juros, é aconselhável cautela no IRF-M e no IRF-M 1+, os índices pré-fixados, devido à volatilidade desses indicadores.


Quanto à exposição de curto prazo, sugerimos aumentar a exposição neste segmento, principalmente fundos CDI. Com as recentes alterações no cenário econômio, recomentamos uma exposição de 15% neste segmento. A Selic terminal para 2024 que era de 10%, passa a ser de até 12%, mantendo uma taxa de investimentos atrativa para o RPPS.


Para diversificar a carteira, é aconselhável adquirir também títulos privados, principalmente as letras financeiras, até atingir uma alocação de 15%. As letras financeiras oferecem taxas que superam, em sua maioria, as metas atuariais dos RPPS e com prazos de até 10 anos, oferecem alternativas atrativas para diversificação de carteira.


Após muitas mudanças nas expectativas de quando o ciclo de corte de juros poderia ocorrer, o FED iniciou a sua redução em setembro, porém não deixou claro qual taxa de juros terminal deve ser alcançada. Além disso, a nova resolução de fundos de investimentos, CVM 175, trouxe novas regras para fundos no exterior que ainda não foram adaptadas pela Resolução 4.963/21. Por isso, recomendamos cautela para fundos de investimento no exterior, tanto em Renda Fixa como fundos de ações ou multimercado exterior.


Quanto aos fundos de ações relacionados à economia doméstica, mantemos nossa recomendação de 20% de exposição. Por mais que a bolsa de valores tenha mostrado certa volatilidade neste ano de 2024, a expectativa ainda é de alta para os próximos meses, na medida que as principais economias do mundo deem sequência na queda de juros, podendo aumentar a demanda por ativos de risco. Sugere-se a entrada no mercado de forma gradual, aproveitando oportunidades na bolsa de valores para construir um preço médio mais favorável.


Em relação aos Fundos Multimercado e Fundos de Investimento Imobiliários (FII), recomendamos manter a exposição em 5%.

Diversificar a carteira de investimentos com essas opções pode ser uma abordagem equilibrada para os RPPS, permitindo obter retornos e ter proteção contra cenários adversos, sempre alinhados com as metas de rentabilidade estabelecidas. Para investidores que enxergam oportunidades de adquirir ativos a preços mais baixos, é importante estar respaldado para a tomada de decisão.












Nossa Visão 25/11/2024

RETROSPECTIVAS

A começar pela bateria de divulgações de expectativas comerciais mensuradas pelo índice PMI, nos Estados Unidos, a primeira leitura do PMI de novembro referente ao setor industrial apresentou uma leve melhora em relação aos meses anteriores, atingindo 48,80 pontos, em linha com as expectativas, porém representando uma retração no setor.


Já o PMI do setor de serviços subiu para 57 pontos em novembro, sinalizando uma expansão no setor, e consideravelmente acima das expectativas de 55,20 pontos. A leitura neste patamar se justificou por conta de um aumento de pedidos no setor, além dos reflexos positivos de uma inflação em ritmo de controle. O PMI composto, que sintetiza os dois setores, subiu para 55,30 pontos em novembro, sinalizando expansão do setor privado.


Em reflexo de uma baixa demanda no setor de serviços e no setor industrial, o PMI composto da zona do euro fechou em território contracionista (48,10 pontos) pela segunda vez em 2024.


O setor de serviços caiu para 49,20 pontos, bem abaixo dos 51,60 pontos esperados por conta, dentro outros fatores, de um aumento de custos. O setor manufatureiro caiu para 45,20 pontos em novembro, também abaixo da projeção de 46 pontos. A equipe econômica da Crédito e mercado entende que as leituras da fraca atividade econômica somada a inflação que se mostra marginalmente controlada, dentre outros fatores analisados, permitem que o Banco Central Europeu realize outro corte de juros na reunião de dezembro, a última do ano.


Na China, o banco central optou pela manutenção da sua taxa básica de juros para 1 e 5 anos. O patamar atual encontra-se em 3,1% na de 1 ano e em 3,6% na de 5 anos. O patamar foi mantido após a autoridade monetária ter cortado 0,25% anteriormente. Os reflexos dos cortes começaram a serem sentidos nos principais setores de interesse do governo ao passo que as leituras de demanda doméstica sinalizaram leves melhoras.






PERSPECTIVAS

Teremos uma semana com a agenda um pouco mais preenchida ao redor do globo, no Brasil, contaremos com a divulgação das prévias de inflação para o mês de novembro, com o IPCA-15 na terça feira, e o IGP-M na quinta.


Contaremos também com as divulgações dos dados de emprego através do relatório CAGED na quinta feira, e a taxa de desemprego doméstica na sexta. Ainda na sexta feira, teremos uma atualização sobre a situação da dívida pública em relação ao PIB.


Nos Estados Unidos, a ata da reunião do FOMC ganha destaque na terça feira. Na quarta feira, teremos a divulgação do principal indicador de inflação para o FED, o PCE referente ao mês de outubro, além da leitura do PIB referente ao terceiro trimestre. A semana americana também contará com um dos principais feriados locais, O Dia de Ação de Graças.


Na zona do euro, contaremos com a divulgação do índice de preços ao consumidor medido pelo CPI, referente ao mês de novembro, na sexta feira.

Com a recente abertura da curva de juros e com as incertezas marcando o cenário externo, recomendamos reduzir a duration da carteira. Tudo isso provocou uma grande volatilidade nos IMAs, principalmente na ponta mais longa. Por isso, recomendamos reduzir gradualmente a exposição em Fundos IMA-B 5+, que tem em sua carteira NTN-Bs com prazos acima de 5 anos e podem sofrer mais com essa recente volatilidade. Ainda no Longo Prazo, recomendamos manter em 10% em fundos deste segmento, de preferência diversificar entre IMA-B e IMA-Geral.


Adicionalmente, mantivemos nossa recomendação para 10% dos investimentos em fundos de Gestão Duration, aproveitando a estratégia de gestão ativa oferecida por esse segmento. Com o ciclo de queda da Selic, fundos de renda fixa passivos terão mais dificuldades de obterem rentabilidade superior a meta de rentabilidade do RPPS, por isso, os fundos de gestão ativa podem apresentar alternativas atrativas para isso.


Para um horizonte de médio prazo, mantivemos nossa recomendação para 10% dos investimentos para fundos deste segmento. É importante diversificar dentro do índice, tendo uma exposição índices pós-fixados, como o IDKA IPCA 2A e o IMA-B 5, atrelados a inflação. Além disso, neste cenário de queda na taxa de juros, é aconselhável uma entrada gradativa no IRF-M e no IRF-M 1+, que são índices pré-fixados, sendo importante agir com cautela devido à volatilidade desse indicador. Uma estratégia gradual permitirá aproveitar possíveis oportunidades e minimizar riscos em um ambiente de juros em declínio.


Quanto à exposição de curto prazo, sugerimos aumentar a exposição neste segmento, principalmente fundos CDI. Com as recentes alterações no cenário econômio, recomentamos uma exposição de 15% neste segmento. A Selic terminal para 2024 é prevista para 10%, mantendo uma taxa de investimentos atrativa para o RPPS.


Para diversificar a carteira, é aconselhável adquirir também títulos privados, principalmente as letras financeiras, até atingir uma alocação de 15%. As letras financeiras oferecem taxas que superam, em sua maioria, as metas atuariais dos RPPS e com prazos de até 10 anos, oferecem alternativas atrativas para diversificação de carteira. Além disso, o congelamento do prêmio, como muitas vezes é feito com taxas prefixadas e atreladas a inflação dentro das LFs, é recomendado em ciclos de queda de juros.


Após a inflação mostrar ser mais resiliente quanto o esperado, o Fed mudou sua comunicação, mostrando ressalva em cortar os juros mais cedo. A expectativa do mercado, que já foi de até sete cortes no ano, agora é de 1 a 2 cortes, com o primeiro deles em setembro. Além disso, a nova resolução de fundos de investimentos, CVM 175, trouxe novas regras para fundos no exterior que ainda não foram adaptadas pela Resolução 4.96321. Por isso, recomendamos cautela para fundos de investimento no exterior, tanto em Renda Fixa como fundos de ações ou multimercado exterior.


Quanto aos fundos de ações relacionados à economia doméstica, mantemos nossa recomendação de 20% de exposição. Por mais que a bolsa de valores tenha mostrado certa volatilidade neste ano de 2024, a expectativa ainda é de alta para os próximos meses, na medida que as principais economias do mundo devem começar o processo de queda de juros, aumentando a demanda por ativos de risco. Sugere-se entrar no mercado de forma gradual, aproveitando oportunidades na bolsa de valores para construir um preço médio mais favorável.


Em relação aos Fundos Multimercado e Fundos de Investimento Imobiliários (FII), recomendamos manter a exposição em 5%. O setor imobiliário é um setor que se beneficia da queda dos juros pois são muito dependentes de financiamento.


Diversificar a carteira de investimentos com essas opções pode ser uma abordagem equilibrada para os RPPS, permitindo obter retornos e ter proteção contra cenários adversos, sempre alinhados com as metas de rentabilidade estabelecidas. Para investidores que enxergam oportunidades de adquirir ativos a preços mais baixos, é importante estar respaldado para a tomada de decisão.












Nossa Visão 21/11/2024

RETROSPECTIVAS

Na semana mais curta por conta do feriado, a prévia do PIB representado pelo índice IBC-Br referente ao mês de setembro apresentou evolução de 0,8% em relação ao mês anterior. No acumulado do trimestre, a variação foi de 1,1%.


A ata do Copom divulgada durante a semana enfatizou um tom mais duro frente ao compromisso fiscal necessário para que as expectativas de inflação possam se reancorar. Somado a questão de maior dinamismo econômico e dessincronia dos ciclos de juros no exterior, uma postura de maior cautela por parte do Banco Central do Brasil foi colocada.


Nos Estados Unidos, a principal divulgação da semana se deu pelo índice de inflação ao consumidor medido pelo CPI do mês de outubro que cresceu conforme as expectativas, em 0,2% no mês. Na janela anual, a variação encontra-se em 2,6%. Os principais grupos que impactaram no resultado foram os de habitação (0,4%) e alimentos (0,2%).


A leitura da inflação ao consumidor em linha com as expectativas é crucial para que a continuidade do ciclo de corte de juros por parte do FED se mantenha. Frente ao capturado referente ao mês de outubro, as chances para mais um corte no mês de dezembro aumentam.


Contudo, o mercado enxerga que a taxa terminal de juros dos Estados Unidos ainda está bastante em aberto, visto que as políticas econômicas que podem ser adotadas pelo próximo presidente já eleito, podem trazer um maior risco inflacionário no horizonte, exigindo uma postura mais dura por parte do Federal Reserve.


A leitura do Produto Interno Bruto (PIB) europeu registrou crescimento de 0,4% em relação ao segundo trimestre do ano, em linha com as expectativas do mercado. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a variação foi de 0,9%, também em linha com as expectativas. Os dados de atividade fracos em linha com a inflação que se mostra em ritmo de controle, devem permitir mais um corte de juros por parte do Bancos Central Europeu.






PERSPECTIVAS

A semana apresenta uma agenda um pouco mais esvaziada de divulgações econômicas, com destaque para a divulgação dos dados de inflação ao consumidor no continente europeu.


Nos Estados Unidos, dados referentes aos pedidos de seguro desemprego irão compor a análise do mercado referente aos movimentos futuros do FED.


Na sexta feira, contaremos com a divulgação do índice PMI de serviços e do PMI industrial dos Estados Unidos, em que será passado uma visão sobre as perspectivas futuras dos gerentes de grandes companhias dos respectivos setores.


Com a recente abertura da curva de juros e com as incertezas marcando o cenário externo, recomendamos reduzir a duration da carteira. Tudo isso provocou uma grande volatilidade nos IMAs, principalmente na ponta mais longa. Por isso, recomendamos reduzir gradualmente a exposição em Fundos IMA-B 5+, que tem em sua carteira NTN-Bs com prazos acima de 5 anos e podem sofrer mais com essa recente volatilidade. Ainda no Longo Prazo, recomendamos manter em 10% em fundos deste segmento, de preferência diversificar entre IMA-B e IMA-Geral.


Adicionalmente, mantivemos nossa recomendação para 10% dos investimentos em fundos de Gestão Duration, aproveitando a estratégia de gestão ativa oferecida por esse segmento. Com o ciclo atual da Selic, fundos de renda fixa passivos voltam a apresentar possibilidade de rentabilidade superior a meta de rentabilidade do RPPS, contudo, a estratégia de gestão ativa ainda se apresenta como alternativa atrativa para o RPPS.


Para um horizonte de médio prazo, mantivemos nossa recomendação para 10% dos investimentos para fundos deste segmento. É importante diversificar dentro do índice, tendo uma exposição índices pós-fixados, como o IDKA IPCA 2A e o IMA-B 5, atrelados a inflação. Além disso, neste cenário de elevação na taxa de juros, é aconselhável cautela no IRF-M e no IRF-M 1+, que são índices pré-fixados, devido à volatilidade desses indicadores. Uma estratégia gradual permitirá aproveitar possíveis oportunidades e minimizar riscos em um ambiente de juros em alta.


Quanto à exposição de curto prazo, sugerimos aumentar a exposição neste segmento, principalmente fundos CDI. Com as recentes alterações no cenário econômio, recomentamos uma exposição de 15% neste segmento. A Selic terminal para 2024 que era de 10%, passa a ser de até 12%, mantendo uma taxa de investimentos atrativa para o RPPS.


Para diversificar a carteira, é aconselhável adquirir também títulos privados, principalmente as letras financeiras, até atingir uma alocação de 15%. As letras financeiras oferecem taxas que superam, em sua maioria, as metas atuariais dos RPPS e com prazos de até 10 anos, oferecem alternativas atrativas para diversificação de carteira.


Após muitas mudanças nas expectativas de quando o ciclo de corte de juros poderia ocorrer, o FED iniciou a sua redução em setembro, porém não deixou claro qual a taxa de juros terminal de deve ser alcançada. Além disso, a nova resolução de fundos de investimentos, CVM 175, trouxe novas regras para fundos no exterior que ainda não foram adaptadas pela Resolução 4.96321. Por isso, recomendamos cautela para fundos de investimento no exterior, tanto em Renda Fixa como fundos de ações ou multimercado exterior.


Quanto aos fundos de ações relacionados à economia doméstica, mantemos nossa recomendação de 20% de exposição. Por mais que a bolsa de valores tenha mostrado certa volatilidade neste ano de 2024, a expectativa ainda é de alta para os próximos meses, na medida que as principais economias do mundo deem sequência na queda de juros, podendo aumentar a demanda por ativos de risco. Sugere-se a entrada no mercado de forma gradual, aproveitando oportunidades na bolsa de valores para construir um preço médio mais favorável.


Em relação aos Fundos Multimercado e Fundos de Investimento Imobiliários (FII), recomendamos manter a exposição em 5%.


Diversificar a carteira de investimentos com essas opções pode ser uma abordagem equilibrada para os RPPS, permitindo obter retornos e ter proteção contra cenários adversos, sempre alinhados com as metas de rentabilidade estabelecidas. Para investidores que enxergam oportunidades de adquirir ativos a preços mais baixos, é importante estar respaldado para a tomada de decisão.












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